quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Entrevista com Nivaldo Candido
Confira a entrevista com Nivaldo Candido, da SuporteConsult, profissional experiente na área de Treinamento e Desenvolvimento Profissional

Por Luciano Pires

 

1. O que faz a empresa/entidade na qual você trabalha, quem é você, quanto tempo está no “ramo”, qual seu cargo e suas responsabilidades?
Estou na atividade de Treinamento e Desenvolvimento Profissional, com a Suporte, há 29 anos. Entre os clientes, a ABRAPP (Associação Brasileira dos Fundos de Pensão), onde ajudei a criar área de Treinamento, com programas regionalizados (média de 40 seminários, cursos e workshop ao ano), além da responsabilidade com o conteúdo temático dos Congressos Anuais. Sou engenheiro e administrador, e professor universitário na área de Finanças.

2. Que tipo de evento vocês organizam em que precisam de palestrantes?
A Suporte desenvolve programas de treinamento presenciais (abertos e fechados / in-company), cursos a distância, além do Portal de Educação Financeira e Previdenciária. Assim, é comum a necessidade em se recorrer ao banco de palestrantes, de modo a poder oferecer profissionais que nos ajudem com a agenda de eventos.

3. Com que periodicidade?
Para o segmento de Previdência Complementar (área em que desenvolvo programas in-company e cursos abertos), no mínimo tenho um evento por mês, alternando profissionais/palestrantes desse sistema com os de fora, buscando oferecer visões distintas e complementares. Para o Congresso da Abrapp, anualmente contrato, em média, três a quatro palestrantes que não sejam do mercado de previdência.

4. Como é que você busca palestrantes?
De um lado, como estou a um bom tempo nessa atividade, criei um mailing apreciável; mas indicações de amigos e pesquisa às empresas especializadas (como KEYNOTE SPEAKERS) são alternativas importantes e sempre buscadas;

5. Que tipo de atributos você procura num palestrante?
Evidentemente irá variar função do cliente e dos objetivos da apresentação. Regra geral, ter conteúdo e “movimentação” (chamado domínio de palco) são básicos.
Um exemplo recente: o Congresso da Abrapp se caracteriza pela excelência técnica (conteúdo) e nos cuidados operacionais (recepção, almoços, traslado, etc.); há dois anos conseguimos eliminar uma pesada Sessão Solene de Abertura, com discursos de autoridades do governo e do sistema de previdência, por uma Palestra Magna. Em 2011 o tema foi “Inovação“. Para o ano de 2012, precisava ousar um pouco mais, mostrar algo diferente, mas com conteúdo, para um público exigente e bastante técnico. A opção pelo Luciano Pires revelou-se perfeita.

6. Que tipo de material promocional você acha que funciona para você se interessar pelo palestrante?
Alguma forma de Demo é sempre interessante, além da avaliação / comentários dos participantes;

7. Quais os temas de palestras que você acha que estão na moda atualmente?
Na área técnica (Mercado Financeiro) a diminuição das taxas de juros e a necessidade de adequação dos investidores + Educação Financeira (ampliando para todos os níveis de público);
Na área comportamental, eu particularmente, estou interessado na questão dos novos tempos, do  novo mundo,  da geração índigo e cristal – desenvolver a Intuição, algo que nos EUA faz parte do currículo regular em Universidades (acesse: http://www.nealedonaldwalsch.com/index.php?p=Doc&c=mentor)

8. Você tem alguma história de horror envolvendo palestrantes em seus eventos?
Diria que “orror” (sem H) propriamente não, mas bem frustrante sim.
Uma jovem recém formada, foi para entidade do governo e, como tal, convidada para ser uma das palestrantes (teríamos mais dois) em um Painel Técnico, Ela daria a visão / posição do governo sobre o tema. Começou tanto quanto presa, repetiu três vezes os parágrafos iniciais e, e, ... travou legal. Se emocionou, chorou e não conseguiu desenvolver o tema.
Ah, sim, para não me acusarem de “machista”, situação idêntica com um diretor de estatal, que começou, gaguejou e não conseguiu. E era uma Sessão Solene, onde deveria dar alguma ideias e visão genérica, nada muito técnico.
Ah sim, aquele palestrante que, ao sentar-se, percebeu que sua calça estava descosturada. Foi mais suave, deu para ir até sua casa (estávamos em São Paulo) e pegar outra.

9. O que é importante no comportamento do palestrante fora do palco?
Embora no palco o palestrante se transforme (me lembro de um evento em que levei Renato Aragão, o comediante, e descobri ser ele mais do que tímido, totalmente apavorado, com síndrome de grandes grupos, ficando separado em uma sala antes de se apresentar), é fundamental a receptividade, a atenção e paciência para com o público, e no antes, no planejamento, se dispor a ouvir, entender os objetivos do cliente e ser totalmente aberto e franco em aceitar ou não.

10. Como você avalia se a palestra atingiu seu objetivo?
Entendo que aqueles que trabalham nessa área (a exemplo de outras tantas), desenvolve um sensor próprio, medidor de aceitação e receptividade do público. Normalmente em meu eventos faço avaliação formal dos palestrantes, sendo que no caso da Abrapp (Congresso Anual), esse trabalho é contratado junto ao DataFolha, ou seja, “auditor” externo e idôneo.
Agora, quando a avaliação é ao contrário, ou seja, quando o palestrante convidado devolve sua percepção, dizendo que após sua apresentação outras tantas foram realizadas, porque participantes gostaram e o indicaram, para mim, não tem Master que pague. Bingo!



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Enviado as 20:42 em geral - Comentários [ 0 ]



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